No início do século 19, ainda vigorava no Brasil a escravidão, uma forma de exploração do trabalho de africanos e indígenas. É nessa época que Tonha, aos nove anos, é trazida da África como escravizada para servir Aline, filha de um rico fazendeiro. Quando é liberta, Tonha decide permanecer na fazenda, pois as marcas do passado a impedem de partir. Luciano e Clarissa, filhos do dono da terra, que lutaram pela libertação dos escravos, respeitam a decisão de Tonha e pedem para ela contar a história de sua vida. A idosa relembra a longa jornada que fez vinda da África, bem como a dor da humilhação e do preconceito que ainda a atormentam. No entanto, Tonha também relembra a relação especial que construiu com Aline. O encontro de ambas nessa vida não é mero acaso. Seus caminhos estão ligados por laços estreitados em outras vidas. Primeiro livro de uma trilogia, Sentindo na própria pele revela que nem sempre somos corretos ao nos apressarmos em julgar atitudes alheias, segundo nossos próprios padrões. A reencarnação mostra–se como poderosa arma contra os medos, as culpas, os ódios e os ressentimentos, fazendo com que cada um aprenda a reconhecer suas faltas e entender que o melhor caminho é o que se percorre cheio de amor por si e pelo próximo.