Sabendo que as causas da obsessão encontram-se no próprio encarnado, depende dele, libertar-se da obsessão. O obsessor não é uma criatura demoníaca e não exerce uma influência irresistível. É um espírito, como nós. Alguém carente de esclarecimento e amor.
O Primeiro Passo: A Oração e a Transformação Mental
Primeiramente, orar. Ninguém é tão pobre que não possa pedir o socorro de Deus. Procurar transformar a paisagem mental. Procurar fazer leituras agradáveis, edificantes. Se esforçar no exercício da concentração. Conhecer a si mesmo, é algo fundamental. Mas sobretudo mudar de comportamento moral. Mudar de atitude perante a vida. Trabalhar no bem.
Isso porque, a mudança de comportamento moral, além de ajudar na sintonia com os espíritos bons, vai sensibilizar os obsessores. Eles vão se dar conta que o encarnado está progredindo, e vai chegar o momento que eles não terão mais como influenciá-lo. Vão ficar sozinhos. Ademais, os bons exemplos da pessoa, converterão os espíritos obsessores.
O Papel da Casa Espírita no Processo de Desobsessão
Uma Casa Espírita séria, com médiuns estudados, experientes e, acima de tudo, amorosos, pode ajudar muito neste processo. Lá, o assistido é orientado a assistir palestras evangélicas transformadoras, estudar o espiritismo para entender-se como espírito, se necessário passar pelo atendimento fraterno, tomar passe, e participar de alguma obra social, algum trabalho de serviço ao próximo.
Nas reuniões mediúnicas para o fim da desobsessão, os espíritos perturbados, são encaminhados pelos mentores espirituais responsáveis a fim de comunicar-se através de um médium, e receber a palavra evangelizadora e esclarecedora do médium orientador. A entidade vai fazer sua catarse, vai desabafar, vai dizer do quanto sofre, das suas dores, recebendo consolo, e um direcionamento compatível com as suas necessidades. É uma ajuda preciosa que se faz no despertamento da entidade espiritual, com também ao obsidiado.
A Terapêutica do Amor: O Ensinamento de Jesus
Mas, mesmo quando o Espírito é orientado e muda de conduta, se o obsidiado permanece em uma atitude mental e moral negativa, ele vai atrair outros espíritos obsessores. Eis porque, Jesus, graças a sua autoridade moral, e a sua influencia incomparável diante de obsessores e obsedados, não libertava sem advertir antes sobre a necessidade de renovação moral. “Vai e não peques mais” – dizia o Mestre.
Ensinou-nos Jesus, que a melhor e maior terapêutica para a libertação das obsessões é a do amor. O espírito do apóstolo Paulo, em Instruções dos Espíritos, no capítulo XV de O Evangelho Segundo o Espiritismo, de Allan Kardec, item 10, reforça a mensagem quando estabeleceu que Fora da Caridade Não há Salvação, sendo a caridade o mais nobre dos sentimentos pois é o amor ao próximo em ação.