Em Gênese da Alma o leitor verá que o orgulho humano cavou um abismo intransponível entre o reino hominal e o reino animal. A falta de estudo, de observação, e ignorância presunçosa permitiu o destaque do homem, classificando-o como ser à parte da Criação. Verá também que a escala animal, situada em todos os reinos da Natureza, não pode deixar de obedecer às irrevogáveis Leis de Deus, que se verificam em toda a Criação, desde o grão de areia soprado pelo vento dos desertos ao mais fulgurante Sol que se agita e caminha com extraordinária velocidade nos desertos do Espaço, em demanda das grandes constelações, atraído pela força da gravitação. Hoje, quando o cuidado com os animais virou verdadeira coqueluche, é que podemos entender cada vez mais o pioneirismo de Cairbar Schutel, tratando de assuntos desta natureza quando poucos se preocupavam com os mesmos. Procurando aproximar-se o quanto possível da verdade, traçou, já naquela época, as linhas gerais da evolução, a começar do ponto em que mostra o princípio anímico, embora em seu período embrionário, mostrando que não há ser animado, por mais insignificante que pareça, por mais microscópico que seja, que não está submetido à Lei da Evolução, decretada pelos desígnios de Deus.