Uma pessoa é considerada como um ser espiritualmente elevado quando todos os atos de sua vida corporal representam a prática da Lei de Deus e quando compreende a vida espiritual antecipadamente.
Verdadeiramente, indivíduo de bem é aquele que pratica a Lei de Justiça, Amor e Caridade, na sua maior pureza; pergunta à própria consciência sobre os atos que praticou; pergunta se não transgrediu essa lei; se não fez o mal; se fez todo bem que podia; se ninguém tem motivos para dele se queixar; enfim, se fez aos outros o que desejaria que fizessem a ele.
Possuído do sentimento de caridade e de amor ao próximo, faz o bem pelo bem, sem contar com qualquer retribuição, e sacrifica seus interesses à justiça; é bondoso, humanitário e benevolente para com todos, porque vê irmãos em todos os seres humanos, sem distinção de raças, nem de crenças; se Deus lhe deu o poder e a riqueza, considera-os como um depósito, de que deve usar para o bem; não se envaidece, por saber que Deus os deu a ele, mas também pode retirá-los.
Se a sociedade colocou outros seres humanos sob sua dependência, trata-os com bondade e complacência, porque são seus iguais perante Deus; usa da sua autoridade para lhes levantar o moral e não para esmagá-los com o seu orgulho; é indulgente para com as fraquezas alheias, porque sabe que também precisa da indulgência dos outros e se lembra das palavras do Cristo: “Atire a primeira pedra aquele que estiver sem pecado”.
Não é vingativo. A exemplo de Jesus, perdoa as ofensas, para só se lembrar dos benefícios, pois não ignora que, assim como houver perdoado, será perdoado. Enfim, respeita em seus semelhantes todos os direitos que as leis da Natureza lhes concedem, assim como quer que os mesmos direitos lhe sejam respeitados.